
Esta semana, em uma conversa informal com um pastor amigo meu, ele me contava um pouco de sua experiência de vida e me questionou sobre se eu sabia o que era passar por privações, como não ter o que comer, por exemplo. Na hora respondi que não me lembrava de ter vivido algum momento como esse, mas a pergunta me fez lembrar de algo, de uma cena buscada com muito critério nas páginas de minha memória.
Como se estivesse vivendo aquele momento, eu via a minha mãe amassando algumas panelas de alumínio para poder vender em uma casa de reciclagem em Goiânia (chamávamos essas casas de ferro velho). Com o dinheiro obtido ela comprar pão para comermos. Fome, eu nunca passei, mas não passei porque alguém passou por mim: a minha mãe.
Como explicar esse tipo de amor que alguém tem? É um elo dos mais fortes da natureza humana, que demonstra capacidade de se entregar, de viver a dor do outro, não somente de compartilhar, mas de dar tudo, quando preciso for. Esse tipo de amor não passa pela explicação racional, é algo provindo de Deus, tanto que Ele, ao falar de seu amor para com a humanidade, faz referência ao amor de mãe.
Podemos chamar esse amor de ágape materno. Nestes tempos, em que amar implica em retorno imediato, satisfação própria e egoísmo, o amor de mãe vem na contramão da sociedade ensinar os mais altos valores que norteiam os sentimentos humanos. É um amor incondicional porque não depende de retorno ou de troca. Não obstante de sermos limitados, o amor de mãe é ilimitado, transcende o tempo e o espaço. Não importa quantos anos tenha e onde estiver, este amor vai lhe alcançar. É um amor despretensioso e altruísta, no qual a dor de um filho dói muito mais em sua mãe.
No mês de maio, foi separado um domingo para celebrarmos esse amor, cujo nome é mãe. A data foi institucionalizada pela primeira vez em 1914, depois que uma mulher chamada Anna Jarvis solicitou ao governo americano o reconhecimento de um dia específico para que todas as mães do mundo fossem lembradas. Anna queria honrar a sua mãe pela dedicação como mulher, esposa e mãe, principalmente durante a Guerra de Secessão.
Uma pequena história: certa vez, Thomas, em sua mais tenra idade, foi chamado à sala do diretor da escola e ouviu dele para levar a sua mãe uma carta que era muito importante. Sua mãe, ao ler a carta, lhe disse: “Thomas, esta carta diz que você é muito especial e que a sua escola já não consegue lhe ensinar mais nada, porque você é muito inteligente e que a partir de agora eu terei que lhe ensinar porque eles já não sabem mais como fazer”. Desde então, Nancy, sua mãe, passou-lhe a ensinar todos os dias e Thomas se tornou um dos maiores cientista do mundo moderno. Certo dia, vasculhando seus pertences, encontrou aquela carta do diretor para a sua mãe e o conteúdo era o seguinte: “Estimada Senhora Nancy, lamentamos dizer que o seu filho foi expulso da escola. É um péssimo aluno, não progride como o resto de seus colegas, por isso não podemos permitir que estude aqui. Ele ficará ao seu encargo a partir de agora”. Amor de mãe enxerga aquilo que outros não podem ver. Thomas Edison se tornou o resultado do que o amor de mãe pode fazer.
Um feliz dia das mães para todas as mamães! Para mim, em especial, para aquela que um dia amassou panelas para me alimentar, e para a minha esposa Luciane, quando eu, alheio à fé e com o nosso filho entrando em uma sala de cirurgia com menos de um mês de idade e com risco de vida, ela cantava para ele: “Deus cuida de mim, do Kleber Lucas.”
Quando você for mãe, você vai entender!
Pastor Marcos Muniz
Igreja Assembléia de Deus
Restaurando Vidas
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